domingo, 14 de março de 2010

Melhora a qualidade de vida do Brasileiro


É possível reduzir a mortalidade infantil, diminuir a pobreza, fazer com que a educação chegue a uma parcela maior da população sem grandes investimentos financeiros e sem a necessidade de ações extremamente complexas. Em todo o País, a sociedade civil tem se organizado e conseguido bons resultados em prol do desenvolvimento humano. Iniciativas assim estão retratadas em um livro que será lançado amanhã, em Salvador, pelo Programa dos Voluntários das Nações Unidas (UNV).

A publicação, cujo título é 50 Jeitos Brasileiros de Mudar o Mundo, traz projetos consagrados, capitaneados por instituições de renome, e o trabalho de instituições pequenas e com pouco dinheiro. “Temos bons exemplos de iniciativas desenvolvidas com recursos escassos, que tiveram grande impacto”, afirma o coordenador do UNV e da publicação, o sociólogo Dirk Hegmanns.

O objetivo do livro é apontar caminhos para que o Brasil alcance os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, fixados pela ONU e ratificados por seus 191 Estados-Membros para serem cumpridos até 2015. Entre eles estão erradicar a extrema pobreza e a fome, atingir o ensino básico universal, além de reduzir a mortalidade infantil e melhorar a saúde materna. Hegmanns e sua equipe tentaram produzir um material que permita que outras organizações reproduzam as experiências. Para isso, a apresentação de cada iniciativa traz metodologia do trabalho, inovações, resultados alcançados e lições.

Para chegar a essas 50 práticas, um comitê buscou informações sobre os projetos e levou em consideração a sustentabilidade da ação, a possibilidade de replicá-la e o envolvimento de voluntários. O livro, com tiragem de 5 mil exemplares, será distribuído a parceiros da ONU e instituições interessadas. Nos próximos dias, uma versão eletrônica estará na internet. Para o sociólogo, o Brasil é um dos países que podem alcançar os objetivos até 2015. “Em itens como educação e combate à aids, o País está bastante avançado. Mas o combate à pobreza e à desigualdade entre homens e mulheres ainda é frágil.”

Em São Paulo, um dos casos relatados é o da Associação de Anemia Falciforme, que usou como trunfo a informação. A doença é genética, hereditária, incurável e com alta taxa de mortalidade quando não diagnosticada a tempo. Há 13 anos, a entidade produz material sobre a doença, luta por políticas públicas e dá suporte às famílias. Com o trabalho, não houve mortes entre crianças com até 5 anos assistidas pela entidade enquanto a média nacional varia de 25% a 30% de óbitos em casos sem tratamento. “Nosso trabalho é decodificar a linguagem médica”, diz Berenice Kikuchi, presidente da entidade.

fonte: Agência do Estado

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