Em 08/10/2010 IV Encontro dos ex-alunos de Economia da UFPR.
Segue um pouco da história de um dos melhores curso de Economia da América do Sul.
O Curso de Economia da Universidade Federal do Paraná foi criado em fevereiro de 1945. Na sua concepção, o Curso de Economia tinha como finalidade principal a formação de profissionais altamente qualificados, suprindo assim a carência desses profissionais no Estado do Paraná, para dar suporte técnico para o desenvolvimento sócio-econômico que o Estado experimentaria no pós-guerra. Ao longo de mais de 60 anos de existência, o Curso de Economia da UFPR já formou mais de 3.000 profissionais em economia. Com a realização em 1971 do primeiro curso de pós-graduação, o Curso de Economia tornou-se o pioneiro nessa área no Estado do Paraná. Foi também pioneiro na implantação do primeiro mestrado e do primeiro e único doutorado em Desenvolvimento Econômico no Estado do Paraná. Desde a sua criação, o Curso de Economia da UFPR tem passado por constantes avaliações e atualizações curriculares no sentido de proporcionar a seus estudantes uma sólida formação teórica e instrumental capacitando-os para interpretar as transformações pelas quais a sociedade vem passando, assim como qualificando-os para intervir nessa realidade.
CARACTERIZAÇÃO PROFISSIONAL
O que norteia o perfil do profissional que o Curso de Economia elege como sua marca institucional é o compromisso assumido implícita e explicitamente com a sociedade. Levando-se em conta que a Economia é uma Ciência da Sociedade, a formação do profissional de economia deve ser capaz de atender as variadas demandas da sociedade em toda a sua complexidade e heterogeneidade. Um projeto pedagógico para o Curso de Graduação em Economia deve, portanto, levar em consideração o caráter plural da sociedade e abranger as diversas áreas do conhecimento em economia. Considerando-se os objetivos do curso, o profissional que se pretende formar deve ser capaz de: a) atuar com competência, tanto no Setor Público (nas áreas de pesquisa, planejamento, formulação e acompanhamento de políticas públicas), quanto no Setor Privado (nos segmentos da indústria, comércio, agropecuária e financeiro); b) situar-se de maneira objetiva no âmbito das conjunturas estaduais (rural e urbana), nacional (inclusive regional) e internacional; c) diagnosticar e delinear problemas, assim como construir soluções no campo da micro e da macro economia; d) perceber com elevado senso crítico as rápidas transformações (na tecnologia e no emprego) pelas quais o ambiente econômico e social vêm passando; e) ler, compreender e interpretar os fenômenos econômicos e sociais contemporâneos (o desenvolvimento e o subdesenvolvimento), sob os diferentes paradigmas, tanto na sua aparência quanto na sua essência; f) assumir de maneira responsável uma posição crítica face ao caráter dogmático e apologético das abordagens econômicas tradicionais.
SIGNIFICADO DO SIMBOLO DE ECONOMIA
PRIMEIRO CONJUNTO
I - Folha de acanto: Posto que acoimada de ser planta exótica, lembra, entretanto, uma época de notável fulgor histórico - a arte helênica. A beleza de seu limbo conferiu-lhe o poder da imortalidade, através do censo estético de Calimico.
II - Globo: o Universo, o Mundo
Significado do primeiro conjunto: A administração universal. A Ciência da Administração, abrangendo a todo o mundo. A Ciência Universal.
SEGUNDO CONJUNTO
I - Cornucópia: Fortuna, Riqueza, Economia, Fartura, Abundância.
II - Roda Dentada: A Indústria, estágio mais adiantado da civilização contemporânea.
Significado do segundo conjunto: A indústria como geradora da riqueza. A Economia povos. A abundância decorrente do trabalho industrial. O processo indefinito da máquina como processo civilizador e propulsor do progresso.
domingo, 3 de outubro de 2010
UFPR Rumo aos 100 anos
Um pouco da História dessa gigante que esta para completar 100 anos.
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) é a mais antiga instituição de ensino com concepção de universidade do Brasil, fundada em 19 de dezembro de 1912, inicialmente com o nome de Universidade do Paraná.
Em 1920, por conta de política do governo federal, a Universidade foi desintegrada e passou a se constituir em faculdades isoladas até 1946, sendo reintegrada neste ano e depois "federalizada" em 1951, quando passou a ser uma instituição pública a oferecer ensino gratuito.
Atualmente as instalações da universidade estão distribuídas em vários pontos da cidade de Curitiba e em outras cidades do Paraná. A instituição possui 77 opções de cursos de graduação, 124 de especialização, 41 de mestrado e 26 de doutorado. A Universidade adota desde 2004 em seu concurso vestibular o polêmico sistema de cotas - 20% das vagas de cada curso para estudantes oriundos de escolas públicas e 20% para alunos negros e pardos.
Em 1892[3] o intelectual paranaense José Francisco da Rocha Pombo colocaria, no Largo Ouvidor Pardinho, a pedra fundamental da Universidade do Paraná. O projeto, infelizmente, foi frustrado pelo Movimento Federalista que impediu a criação da universidade.
Vinte anos depois, em 1912, o estado contava com um reduzido número de intelectuais (apenas nove médicos e quatro engenheiros) mas se desenvolvia muito devido a produção da erva-mate.
Além disso, um acontecimento à época fez com que as lideranças políticas se empenhassem ainda mais pela criação de uma universidade; no episódio conhecido como Revolta do Contestado o Paraná havia perdido uma grande faixa de terras para Santa Catarina. Nesse contexto, Victor Ferreira do Amaral, deputado e diretor de instrução pública do Paraná e Nilo Cairo da Silva lideraram a criação efetiva da Universidade.
Em 19 de dezembro de 1912 a universidade foi fundada[3], e em 1913, num antigo prédio da Rua Comendador Araújo, residência do ervateiro Manoel Miró, iniciou suas atividades como instituição particular. Os primeiros cursos ofertados foram os de Ciências Jurídicas e Sociais, Engenharia, Medicina e Cirurgia, Comércio, Odontologia, Farmácia e Bioquímica. O primeiro aluno e primeiro funcionário foi o alagoano Oscar Joseph de Plácido e Silva. Após ter fundado a Universidade do Paraná, Victor Ferreira do Amaral, que foi também o primeiro reitor, deu iniciou à construção do prédio central em um terreno doado pela prefeitura. Então, com a recessão econômica causada pela Primeira Guerra Mundial vieram as primeiras dificuldades.
Em 1920 uma lei federal determinou o fechamento das universidades - o governo federal desaprovava iniciativas independentes nos estados. Mesmo assim, de forma contraditória, o governo criou a Universidade do Rio de Janeiro (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro). A solução encontrada à época para evitar o fechamento da instituição foi o desmembramento da UFPR em várias faculdades.
Por vários anos houve uma longa luta para restaurar a universidade. Somente no início dos anos 50 as faculdades foram reunidas novamente na Universidade do Paraná, pouco antes da federalização. Assim, com luta, a UFPR chegou até os nossos dias.
A construção localizada na Praça Santos Andrade iniciou-se em 1913, um ano depois da fundação da Universidade. O projeto do engenheiro militar Baeta de Faria consta de apenas um bloco de cinco andares e uma cúpula central. A inauguração deu-se em 1915.
Universidade Federal do Paraná, em Curitiba.
Sete anos depois, em 1923, houve a ampliação com a construção das blocos laterais, conforme o projeto original. O setor direito fica pronto em 1925 e passou a abrigar o curso de Engenharia. No ano seguinte é concluído o setor esquerdo, que recebe o curso de Odontologia.
Que daria origem após alguns anos à chamada Associação Brasileira de Odontologia (Secção Paraná ABO - PR). Novas ampliações foram realizadas no lado direito e o prédio recebeu uma nova pintura em 1940.
Foram feitas mais obras estendendo o prédio no sentido da Rua XV de Novembro que ficaram prontas em 1951. Um ano depois novas obras no setor direito, obrigam a demolição de parte da fachada lateral construída em 1940.
Em 1954 o edifício passou a ocupar uma quadra inteira, entre a Praça Santos Andrade, Rua XV de Novembro, Rua Presidente Faria e Travessa Alfredo Bufren. As últimas modificações foram feitas, apóś tantas ampliações uma nova fachada com muitas colunas e uma ampla escadaria foi projetada e a cúpula coberta foi retirada. A inauguração da obra com 17 mil metros quadrados em estilo neoclássico, ocorreu em 1955.
No ano de 1999, o prefeito de Curitiba assinou a lei que transformou o edifício no símbolo oficial da cidade.
Linha do Tempo
1869 – Fundação da Escola Técnica
A história da Escola Técnica é mais antiga do que a da UFPR. Inicialmente uma escola da Colônia Alemã de Curitiba, que passou a chamar-se Colégio Progresso em 1914 e doada a UFPR. Em 1974, foi anexada à Universidade como órgão suplementar. Em novembro de 1997 foi classificada como unidade integrante da UFPR.
1892 – Lançada a pedra fundamental da Universidade do Paraná
Em 1892 Rocha Pombo, político e historiador, colocava no Largo Ouvidor Pardinho a pedra fundamental da Universidade do Paraná. O projeto, no entanto, não foi adiante devido ao Movimento Federalista e à Guerra do Contestado.
19 de dezembro de 1912 – Fundação da Universidade do Paraná
Victor Ferreira do Amaral e Silva, que era médico, deputado e diretor de Instrução Pública do Estado, liderou a criação efetiva da Universidade, sob o lema Scientia et Labor – Ciência e Trabalho.
30 de agosto de 1913 – Lançada a pedra fundamental do Edifício Central
Em terreno doado pela prefeitura – atualmente a Praça Santos Andrade – Victor Ferreira
do Amaral e Silva iniciou a construção do Prédio Central da Universidade do Paraná.
1940 – Edifício Carlos Cavalcanti
O curso de Agronomia surge em 1915 e em 1940 é instalado no Edifício Carlos Cavalcanti, construído cinco anos antes no programa de Escolas para Trabalhadores Rurais.
4 de dezembro de 1950 – Federalização da Universidade do Paraná
A Universidade torna-se uma instituição pública, oferecendo ensino gratuito e garantindo sua consolidação e expansão.
1953 – Construção do Hospital de Clínicas
Entre as comemorações do Centenário da Emancipação Política do Paraná, a construção do
Hospital de Clínicas da UFPR representou uma obra de engenharia das mais completas.
1955 – Remodelação e ampliação do Edifício Central
Marcado pelo estilo Neoclássico, o prédio na Praça Santos Andrade renasce como uma das mais belas obras arquitetônicas do País. A reforma visava à inserção de outros cursos universitários no espaço, que era ocupado em sua grande maioria pelo curso de Medicina. Atualmente o Prédio Central da UFPR é o símbolo de Curitiba.
1956/1958 – Construção do Complexo da Reitoria
O Conjunto da Reitoria foi planejado inicialmente para abrigar os cursos de Filosofia, Ciências e Letras. Em 1962, ano em que a Universidade do Paraná comemorava meio século de existência, mostrava que estava acompanhando os processos modernos.
1961 – Inauguração do Centro Politécnico
Engenharia, tecnologia e modernidade foram empregados nos 500 mil metros quadrados de espaço doados pela prefeitura, onde continuam sendo construídos espaços de ensino, convivência e desenvolvimento. Ao longo de quatro décadas, o Centro Politécnico foi a área preferencial de expansão da UFPR e atualmente sedia 19 cursos de graduação.
1994 – Inauguração do Campus Jardim Botânico
O campus comporta as mais recentes edificações da UFPR e sedia os setores de Ciências da Saúde, Escola de Florestas e Ciências Sociais Aplicadas, sendo este último o prédio mais recente do complexo, inaugurado no ano letivo de 2002.
2004 – Ex-reitor Riad Salamuni dá nome ao complexo da Escola Técnica
Um dos grandes defensores da Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná, o reitor Riad Salamuni é homenageado e empresta seu nome para esse complexo educacional.
2005 – Inauguração da UFPR Litoral
O mais novo campus da UFPR, que comporta cursos profissionalizantes (pós-médio) e de graduação, tem como objetivo principal formar cidadãos e profissionais que irão promover o desenvolvimento socioeconômico do litoral do Paraná.
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fonte: www.ufpr.br
domingo, 14 de março de 2010
Melhora a qualidade de vida do Brasileiro
É possível reduzir a mortalidade infantil, diminuir a pobreza, fazer com que a educação chegue a uma parcela maior da população sem grandes investimentos financeiros e sem a necessidade de ações extremamente complexas. Em todo o País, a sociedade civil tem se organizado e conseguido bons resultados em prol do desenvolvimento humano. Iniciativas assim estão retratadas em um livro que será lançado amanhã, em Salvador, pelo Programa dos Voluntários das Nações Unidas (UNV).
A publicação, cujo título é 50 Jeitos Brasileiros de Mudar o Mundo, traz projetos consagrados, capitaneados por instituições de renome, e o trabalho de instituições pequenas e com pouco dinheiro. “Temos bons exemplos de iniciativas desenvolvidas com recursos escassos, que tiveram grande impacto”, afirma o coordenador do UNV e da publicação, o sociólogo Dirk Hegmanns.
O objetivo do livro é apontar caminhos para que o Brasil alcance os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, fixados pela ONU e ratificados por seus 191 Estados-Membros para serem cumpridos até 2015. Entre eles estão erradicar a extrema pobreza e a fome, atingir o ensino básico universal, além de reduzir a mortalidade infantil e melhorar a saúde materna. Hegmanns e sua equipe tentaram produzir um material que permita que outras organizações reproduzam as experiências. Para isso, a apresentação de cada iniciativa traz metodologia do trabalho, inovações, resultados alcançados e lições.
Para chegar a essas 50 práticas, um comitê buscou informações sobre os projetos e levou em consideração a sustentabilidade da ação, a possibilidade de replicá-la e o envolvimento de voluntários. O livro, com tiragem de 5 mil exemplares, será distribuído a parceiros da ONU e instituições interessadas. Nos próximos dias, uma versão eletrônica estará na internet. Para o sociólogo, o Brasil é um dos países que podem alcançar os objetivos até 2015. “Em itens como educação e combate à aids, o País está bastante avançado. Mas o combate à pobreza e à desigualdade entre homens e mulheres ainda é frágil.”
Em São Paulo, um dos casos relatados é o da Associação de Anemia Falciforme, que usou como trunfo a informação. A doença é genética, hereditária, incurável e com alta taxa de mortalidade quando não diagnosticada a tempo. Há 13 anos, a entidade produz material sobre a doença, luta por políticas públicas e dá suporte às famílias. Com o trabalho, não houve mortes entre crianças com até 5 anos assistidas pela entidade enquanto a média nacional varia de 25% a 30% de óbitos em casos sem tratamento. “Nosso trabalho é decodificar a linguagem médica”, diz Berenice Kikuchi, presidente da entidade.
fonte: Agência do Estado
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